Hoje, no Brasil e no mundo, a competitividade em todos os setores da economia é cada vez mais acirrada. Um dos principais motivos que sustenta essa situação é a entrada, cada vez maior, de novos competidores que contam com fácil acesso a tecnologia, capital e informação, aumentando o número de empresas que disputam no mercado os mesmos consumidores.
Essa constatação apresenta um cenário de instabilidade que deve ser avaliado por todas as empresas que já estão no mercado – e sofrem a pressão da nova concorrência – e pelos investidores que pretendem abrir um novo negócio. Para alcançar o sucesso, é necessário fazer um estudo sério para não engrossar a péssima estatística brasileira de empresas que estão fechando as portas. Boa parte das empresas abertas no país não “vinga” e não consegue sequer comemorar o primeiro aniversário.
Um grande problema é acreditar que abrir um negócio num ramo de atividade “próspero” é garantia de sucesso. Na verdade, é preciso ficar muito atento, analisando o número de competidores, as suas principais características – tradição, preferências dos clientes, forças de vendas, penetração de mercado, logística – e tomar muito cuidado com o número e potencial de consumidores dos mercados. Caso contrário, quando a oferta de produtos e serviços é aumentada e a demanda não cresce, conseguindo atender as expectativas das empresas, os preços tendem a cair como alternativa para conquistar os clientes, diminuindo as margens de lucro e, muitas vezes, sem aumentar o volume de vendas. Nesse “efeito bola de neve”, todos acabam perdendo, já que as margens de lucro menores promovem a redução de custos e, invariavelmente, acabam refletindo na qualidade dos produtos e serviços ofertados, prejudicando os consumidores.
Como alternativa para evitar ser “devorado”, pode-se adotar como estratégia seguir algumas tendências mundiais, como a segmentação e a especialização – e que, normalmente, andam juntas. Produtos e serviços exclusivos, atendimento personalizado e qualificado, suporte pós-vendas, entre outras táticas, podem ajudar a conquistar o mercado sem entrar, diretamente, na briga voraz pelos clientes com os demais competidores.
Por fim, deve-se pensar seriamente em evitar o confronto num mercado acirrado onde a guerra de preços gera grandes transtornos. São poucos os gestores que tem competência para administrar essa situação. Para quem está envolvido nessa situação, é importante ser inteligente e buscar uma avaliação de todas as variáveis possíveis para tomar decisões inteligentes. Quem não se atentar a esse fato pode acabar como um kamikase, lutando muito e “afundando” junto com o inimigo.
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